Quando o assunto é câncer, normalmente nos vem à mente os tumores em órgãos e tecidos sólidos, como intestino, estômago, mamas e próstata. Todavia, as células malignas também podem afetar partes líquidas, como é o caso do câncer no sangue.
Afinal, esse fluido possui diversos tipos de células, que podem se multiplicar de maneira errônea, formando doenças como a leucemia, mieloma e linfoma. Para explicar sobre o assunto, produzimos este material com as principais informações sobre essas neoplasias. Continue para saber mais!
Leucemia: o câncer no sangue mais conhecido
A leucemia costuma ser a forma de câncer no sangue mais conhecida, pois é bastante retratada na mídia e atinge cerca de 11,5 mil brasileiros por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A doença acontece por meio da produção de glóbulos brancos (também chamados de “leucócitos”) malignos.
Isso ocorre na medula óssea, a parte interna dos nossos ossos que gera as células sanguíneas. Consequentemente, o paciente com leucemia tem uma quantidade menor das outras estruturas que compõem o líquido: os glóbulos vermelhos e as plaquetas.
Os sintomas
Enquanto os glóbulos brancos atuam na defesa do nosso organismo, os vermelhos levam nutrientes e oxigênio aos tecidos. Já as plaquetas são essenciais para a coagulação do sangue.
Assim, quando essas células estão prejudicadas pela leucemia, o paciente tem a imunidade enfraquecida, sofre com a anemia e também com hemorragias. Mas existem ainda outros sintomas:
- manchas roxas na pele;
- muito suor à noite;
- dores nos ossos;
- ínguas no pescoço, axilas e cotovelos;
- dores de cabeça;
- náuseas e vômitos;
- sangramentos no nariz e gengiva;
- grande fluxo menstrual.
Os tipos de leucemia
Esse câncer no sangue pode se apresentar das seguintes formas:
- leucemia mieloide aguda: afeta de forma igualitária os adultos e as crianças, com um desenvolvimento rápido;
- leucemia mieloide crônica: tem uma evolução lenta e é mais comum nos adultos;
- leucemia linfoide aguda: também de desenvolvimento rápido, só que é mais comum em crianças;
- leucemia linfoide crônica: nesse caso, a evolução é tão lenta que nem sempre é preciso realizar tratamentos agressivos. Essa forma atinge mais os idosos.
Mieloma múltiplo: o que você precisa saber
Outro tipo de câncer no sangue é o mieloma múltiplo. Ele afeta as células chamadas de plasmócitos, que auxiliam na produção de anticorpos e protegem o nosso corpo contra vírus, bactérias e outros microrganismos.
Com a doença, os plasmócitos se multiplicam rapidamente e de maneira anormal, também prejudicando as outras células sanguíneas. Há ainda o risco de afetar os ossos e promover dores e fraturas. Observa-se ainda a produção de uma proteína irregular, chamada de “monoclonal”, que se acumula no sangue e na urina.
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Os sintomas deste câncer no sangue
O mieloma múltiplo costuma acometer idosos acima de 65 anos e também é mais frequente em homens do que em mulheres. Alguns pacientes podem não apresentar sintomas, mas quando os sinais aparecem, costumam ser:
- náuseas;
- muito cansaço;
- dores nos ossos;
- prisão de ventre;
- perda de apetite.
Linfoma: um câncer raro, mas que precisa de atenção
O linfoma é considerado um câncer no sangue raro, mas isso não significa que não precisamos estar atentos a ele. A forma de linfoma de Hodgkin, por exemplo, afeta cerca de 3 mil pessoas, por ano, no Brasil, segundo o Inca.
A doença tem início no sistema linfático, uma rede de vasos e gânglios que temos e que participa tanto do sistema circulatório quanto do imunológico. São nessas estruturas que passam a linfa, um líquido cheio de células de defesa.
Existem dois principais tipos: Hodgkin e o não Hodgkin. As diferenças estão nas células comprometidas. A primeira forma é mais frequente entre pessoas com até 40 anos. Já a segunda aparece em maior quantidade nos idosos.
Os sintomas de linfoma
É importante ligar o sinal de alerta para o linfoma quando os seguintes sinais estiverem presentes:
- febre;
- perda de apetite;
- muito cansaço;
- ínguas dolorosas;
- coceira sem motivo;
- emagrecimento;
- tosse constante;
- muito suor à noite.
Os tratamentos do câncer no sangue
Após o diagnóstico de um câncer no sangue, o médico irá analisar as características da doença para determinar as condutas de tratamento. Podem ser utilizadas várias táticas, como quimioterapia e radioterapia, a fim de destruir as células malignas.
Também existem as opções de imunoterapia e terapia-alvo, projetadas para eliminar as células de maneira mais precisa, focando apenas naquelas que estão doentes. Todos esses tratamentos estão disponíveis aqui, na Vence Onco de Itajaí.
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