Um dos tratamentos do câncer de mama é a retirada do seio. A partir disso, entra em cena a reconstrução mamária, um procedimento que auxilia na autoestima e bem-estar das pacientes.
Isso porque, em alguns casos, não é possível retirar apenas o tumor cancerígeno. A necessidade passa a ser da mastectomia radical, uma cirurgia em que é eliminada toda a glândula mamária, incluindo mamilo, aréola, pele, músculos e linfonodos.
Com a reconstrução mamária, portanto, recupera-se o volume do seio, de forma similar ao natural. Vamos explicar sobre a cirurgia neste material. Continue lendo e confira.
Por que fazer a reconstrução mamária?
A cirurgia para reconstruir a mama é uma escolha. Algumas mulheres decidem não realizá-la, pois não querem se submeter a outra operação. No entanto, as pacientes que escolhem fazê-la tem como motivação a recuperação da confiança.
Afinal, a perda de um ou dos dois seios é algo capaz de abalar a saúde mental e a autoestima. Assim, ao reconstruir a mama, as mulheres podem voltar a sentir felicidade e segurança com o próprio corpo, sem precisar usar sutiãs de enchimento ou próteses externas.
Alguns pontos para ressaltar
Apesar dos benefícios da reconstrução mamária, vale saber que a mama não ficará completamente igual ao que era antes. Poderá ainda perder parte da sensibilidade, uma vez que as técnicas utilizam a pele de outras regiões do corpo. Além disso, restam cicatrizes, mas elas costumam diminuir no decorrer do tempo.
Então, é importante “colocar na balança” os pontos positivos e os negativos da cirurgia para fazer a decisão que mais se adequa aos seus desejos.
Quando fazer a cirurgia?
A reconstrução mamária pode ser realizada no momento da mastectomia, com o trabalho em conjunto do médico mastologista, cirurgião oncológico e cirurgião plástico.
Contudo, a depender do tipo de tumor, estadiamento do câncer e demais especificidades das condições de saúde da paciente, os especialistas podem decidir fazer a reconstrução após alguns meses da retirada do seio ou depois do fim completo do tratamento.
Conheça seus direitos
A legislação brasileira garante o direito à reconstrução mamária às mulheres e homens que tiveram câncer de mama. Conforme a Lei nº 12.802/2013, é determinado que a cirurgia seja realizada no Sistema Único de Saúde (SUS) logo após a retirada do tumor, caso seja possível.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também estabelece que os planos de saúde devem cobrir os custos da operação, seja em um só seio ou em ambos, quando necessário.
Os tipos de reconstrução mamária
Como a mastectomia retira totalmente as estruturas mamárias, a reconstrução não se resume na inserção de uma prótese de silicone. Existem diferentes técnicas, que objetivam reestruturar toda a região. Confira a seguir.
TRAM: retalho miocutâneo do músculo reto abdominal
Neste tipo de cirurgia, o médico utiliza os músculos, gordura e pele da parte inferior do abdômen, a fim de moldar uma nova mama. No entanto, essas estruturas permanecem conectadas à área original por meio da formação de um “túnel” até o seio, de forma que continuem recebendo fluxo sanguíneo.
As pacientes que costumam passar por esse método são aquelas que possuem maior tecido adiposo abdominal. Ainda assim, é necessário colocar uma tela de polipropileno para evitar o enfraquecimento da área.
DIEP: retalho perfurante da artéria epigástrica
Esse tipo de reconstrução mamária tem a característica de alterar menos as estruturas do corpo, pois poupa a musculatura da região abdominal, utilizando apenas o tecido adiposo. Durante o procedimento, os médicos realizam microcirurgias nos vasos sanguíneos da nova mama para iniciar o fluxo de sangue.
Reconstrução mamária com retalho do músculo grande dorsal
Ao contrário das outras duas técnicas, esta utiliza o músculo das costas, do mesmo lado onde estará a mama reconstruída. No entanto, a cicatriz costuma ser extensa.
Para escolher qual técnica é a mais indicada para você, converse bastante com sua equipe médica, pois vários fatores devem ser considerados. Por exemplo, quantidade de pele que sobrou da mastectomia e a sua composição corporal.
A cirurgia aumenta o risco de recidiva do câncer?
Você tem medo de sofrer uma recidiva do câncer de mama por fazer a reconstrução mamária? O Instituto Oncoguia ressalta que a operação não aumenta o risco do retorno da neoplasia.
Caso o tumor volte – de forma independente de ter feito a cirurgia ou não – os procedimentos de diagnóstico e tratamentos podem ser realizados normalmente.
Converse com nossos especialistas sobre a reconstrução mamária
Uma cirurgia como a reconstrução mamária gera muitas dúvidas, mas os especialistas da Vence Onco de Itajaí estão à disposição para auxiliar no que for preciso. Você pode agendar uma consulta para entender tudo sobre o procedimento e tomar uma decisão segura.