Terapia-alvo: o que é, quais são os tipos e como funciona?

Terapia-alvo: o que é, quais são os tipos e como funciona?

terapia-alvo é uma opção de tratamento de câncer que está se popularizando por focar em moléculas que estão presentes em maior quantidade nas células cancerígenas (alvo molecular) ao invés de todas aquelas que se dividem rapidamente, como ocorre na quimioterapia.

Esse método está disponível para diversos tipos de câncer e cada dia que passa está avançando mais. Mas essa terapia envolve o desenvolvimento de medicamentos específicos que consigam interagir com a proteína, genes ou tecido maligno, o que não é tão simples assim de se criar e replicar, envolvendo muitos especialistas, testes e estudos.

Por esse motivo, a terapia-alvo ainda não é tão utilizada quanto será no futuro. Quer saber mais? Continue lendo esse artigo e tire suas dúvidas sobre esse método de tratamento para câncer, saiba como ele funciona, quais são os seus tipos e quando é indicado.

O que é terapia-alvo?

Para entender o que é terapia-alvo, precisamos falar um pouco mais sobre as células cancerígenas e as suas diferenças das saudáveis. No nosso corpo há, de acordo com o Oncoguia, vários tipos de células como as do cérebro, as sanguíneas, as da pele e as que contam com funções muito específicas.

Normalmente, esses tecidos se dividem sozinhos e funcionam regularmente, mas pode haver mudanças nos genes das células que as fazem sofrer mutação. Essa alteração faz com que a produção da proteína não ocorra como deveria, o que faz com que a divisão celular ocorra de forma acelerada ou com que a morte celular leve mais tempo do que deveria. Como consequência, há o crescimento descontrolado, o que forma o tumor.

E foi a partir dessa descoberta que os pesquisadores criaram a terapia-alvo. Com o estudo das mutações genéticas, dos genes e das proteínas, é possível criar medicamentos que atuam diretamente no tumor. Dessa forma, se consegue:

  • evitar o crescimento do tumor;
  • fazer com as células malignas não vivam mais do que deveriam e
  • destruir o tumor sem prejudicar os tecidos saudáveis.

Quais são os tipos ?

Como já falado, a terapia-alvo é um tratamento que ainda está em desenvolvimento, por isso, há muitas novidades sobre esse método a cada mês que passa. Mas, de forma geral, o tratamento pode ser dividido de acordo com a ação que ele tem:

  • bloqueio das proteínas que são geradas pela mutação genética;
  • inibição no processo de crescimento do tumor;
  • contorno do bloqueio que impede a morte celular do tumor;
  • estímulo do sistema imune para destruir os tecidos malignos e
  • impedimento do surgimento de novos vasos sanguíneos que nutrem o tumor para que ele possa crescer.

Como a terapia-alvo é feita?

A forma específica de terapia-alvo dependerá diretamente do tipo de medicamento que está sendo usado, assim como o caso do paciente, considerando a sua idade e seu estado de saúde.

Apenas a partir da avaliação criteriosa do caso que o oncologista poderá definir se esse método de tratamento realmente é o mais indicado, assim como a dose correta, o medicamento mais recomendado e o tempo entre as sessões.

Mas falando apenas sobre a administração do medicamento, há duas opções:

  • oral: indicada para os compostos que são absorvidos pelo corpo por terem componentes químicos menores, e
  • intravenoso: é feita a administração por via intravenosa, ou seja, por meio de agulhas diretamente na veia do paciente, como é o caso dos anticorpos monoclonais.

Em relação ao tempo de tratamento, também dependerá muito do quadro do paciente. Casos mais graves exigem um maior número de administrações de medicamento quando comparado com os iniciais, por exemplo.

Vale ressaltar que diversos medicamentos só podem ser utilizados junto à quimioterapia. Nesses casos, há a realização de dois tratamentos de forma conjunta para aumentar as taxas de sucesso. Além disso, alguns oncologistas optam por usar outros métodos de forma conjunta, como a radioterapia e a hormonoterapia, por exemplo.

Quando esse método de tratamento é indicado?

Atualmente, a terapia-alvo já é utilizada para diversos tipos de câncer. De acordo com o Oncoguia, os principais são:

  • câncer de mama: para tipos com a proteína HER2, o que ocorre em até 30% dos casos;
  • câncer de pulmão: pode-se utilizar os medicamentos que bloqueiam a proteína, que inibem o crescimento ou os que impedem novos vasos sanguíneos na área;
  • câncer colorretal: normalmente esses casos estão relacionados com a produção de uma proteína que promove o seu crescimento. Dessa forma, esse tratamento pode impedir o agravamento do caso, e
  • melanoma:até 70% dos casos dessa neoplasia de pele ocorrem como consequência da mutação do gene BARF que podem ser o alvo durante a terapia.

Vale ressaltar que apenas o seu médico poderá definir se esse método de tratamento é o mais recomendado para você ou não.

Quais são os diferenciais da terapia-alvo?

O principal benefício da terapia-alvo é o aumento da possibilidade de sucesso do tratamento. Uma pesquisa publicada no Jornal Brasileiro de Pneumologia, por exemplo, mostra que um medicamento que interage diretamente com um receptor do tumor apresenta uma taxa de resposta tumoral acima de 50% e aumenta em 100% a sobrevida do paciente caso aconteça a progressão no caso. 

Além disso, quando não acompanhada de outros tratamentos, esse método não tem tantos efeitos colaterais como os outros.

Ainda tem alguma dúvida sobre essa terapia ou mora em Itajaí e região e deseja iniciar ela? Entre em contato conosco e fale com um especialista. Vamos avaliar seu caso e traçar o melhor caminho para o seu tratamento.

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