Quando as células malignas se multiplicam em nosso corpo, caracterizando a presença de câncer, é possível perceber determinadas alterações nas moléculas presentes no sangue e outros líquidos corporais. Essas mudanças são notadas nos marcadores tumorais.
Estamos falando de proteínas que são produzidas pelos tumores cancerígenos. Os médicos oncologistas utilizam os resultados sobre os níveis e tipos dessas macromoléculas para terem mais informações na hora de decidir sobre o tratamento que será prescrito.
Porém, não é só isso: muitos outros fatores podem estar por trás dos marcadores tumorais. Então, caso você queira entender tudo sobre esse assunto, continue lendo este artigo que preparamos!
Até mesmo as células benignas liberam essas proteínas
Para começar, precisamos esclarecer que, mesmo que você receba o laudo de um exame que indique os marcadores tumorais, não significa que você tem câncer!
As células benignas de nossos órgãos também liberam tais moléculas na corrente sanguínea e isso é normal.
O tema se complica saber que, com a presença de um câncer, as substâncias costumam ser vistas em maiores quantidades no organismo. Porém, existem exceções: fumantes, pacientes com hiperplasia benigna da próstata, pancreatite e endometriose também podem gerar esses níveis elevados, sem a presença de neoplasias.
Portanto, não se trata apenas de perceber a existência de marcadores tumorais no sangue. É preciso fazer uma avaliação aprofundada sobre o que eles representam, sem deixar de lado todos os outros exames que são essenciais na oncologia.
Afinal, para que servem os marcadores tumorais?
Uma vez entendido que os marcadores tumorais são liberados pelas células benignas e malignas, você deve estar se perguntando: afinal, qual a utilidade em conhecer os níveis dessas moléculas?
O primeiro fator é que fazer o exame para verificar a presença das proteínas não tem o objetivo de diagnosticar ou descartar o câncer. Geralmente, esses testes são feitos quando o tratamento oncológico já está sendo realizado.
A verdadeira missão é utilizar as características dessas substâncias para saber mais sobre a progressão da doença, respostas às terapias aplicadas, chances de recidiva (retorno da neoplasia) e estágio do tumor.
Para esclarecer melhor, o Instituto Oncoguia, referência nas pesquisas oncológicas no Brasil, classifica as moléculas em duas classes. Veja quais são elas a seguir.
Marcadores tumorais circulantes
São os encontrados nos fluidos corporais, como sangue, urina e fezes. Com eles, a equipe de oncologia pode:
- estimar o prognóstico do câncer (como a doença irá evoluir);
- verificar como estão as respostas aos tratamentos;
- após o fim das terapias, checar se ainda restaram células malignas;
- ver se um tumor se tornou resistente aos medicamentos.
De tecidos tumorais
Como o próprio nome já indica, são as moléculas encontradas no próprio tumor. Neste caso, os exames ajudam a estadiar o nódulo, ou seja, mostrar em qual fase de desenvolvimento ele está.
Também é uma avaliação útil no momento de conhecer o prognóstico e, obviamente, ao definir quais os tratamentos podem ser mais eficazes para determinado paciente.
Os exames envolvidos
A forma mais simples de conhecer os marcadores tumorais ativos durante a presença de um câncer é com o exame de sangue, em uma coleta tradicional.
Uma outra opção é utilizada quando o objetivo é analisar os tecidos tumorais. Assim, o médico irá realizar um procedimento similar a uma biópsia, em que parte do nódulo é retirada e, depois, encaminhada ao laboratório.
Os marcadores tumorais mais comuns
Em meio a esses exames, você pode escutar algumas siglas, que representam as moléculas mais comuns a serem estudadas:
- PSA: relacionada ao câncer de próstata, mas também às doenças benignas da glândula;
- CEA: para tumores no cólon (parte do intestino);
- CA-125: câncer de ovário;
- CA 15-3: nódulos nas mamas;
- Alfa-fetoproteína: neoplasias no fígado.
A lista de marcadores é imensa. Por isso, sempre converse com o seu médico para entender a respeito dos seus exames e o que eles indicam para o futuro do seu tratamento.
Na Vence Onco de Itajaí, os nossos especialistas trabalham como “parceiros de times” com os pacientes, sendo que toda decisão é feita de comum acordo e depois de profundas análises. Venha conhecer mais a nossa equipe.
Os marcadores funcionam no rastreamento?
Como mencionamos anteriormente, os marcadores tumorais são secretados por vários tipos de células, sendo elas saudáveis ou cancerígenas. Portanto, o exame para verificar essas moléculas não é indicado no rastreamento do câncer, ou seja, para o diagnóstico.
Esses testes são prescritos para quem já possui uma neoplasia identificada e está em tratamento.
Podemos te explicar mais sobre os marcadores tumorais!
Nós notamos que, quando o assunto envolve os marcadores tumorais, o que não faltam são dúvidas. Portanto, saiba que os nossos especialistas estão à disposição para te ajudar a entender ainda mais sobre essas moléculas.