Para combater um inimigo, precisamos conhecê-lo bem. É isso o que faz o exame imunohistoquímico, um avanço da medicina que mostrou sua grande importância no ramo da oncologia.
Por meio dele, os médicos patologistas – responsáveis pela análise de células e tecidos – conseguem descobrir várias características do tumor, suas origens, moléculas presentes e até o prognóstico, ou seja, como essa neoplasia irá progredir. Assim, os especialistas recebem as informações necessárias para “dar nome e sobrenome” à doença, o que contribui para que os oncologistas determinem as estratégias de tratamento, de acordo com as condições de saúde de cada paciente.
Quer entender mais sobre o exame imunohistoquímico, suas capacidades e quando é indicado? Continue lendo que iremos explicar!
Para que serve o exame imunohistoquímico?
Uma das missões mais básicas é verificar a presença de células malignas, ou seja, determinar se o tumor é câncer ou não. Por isso, o oncologista pode solicitar o procedimento logo nas primeiras consultas.
Contudo, o exame possui funções ainda mais complexas. Como mencionamos anteriormente, o objetivo é descrever as várias características da neoplasia, a fim de entendê-la em detalhes. Assim, os resultados têm a possibilidade de indicar as seguintes informações:
O local de origem do tumor
Exames de imagem conseguem perceber a presença de algumas massas cancerígenas pelo corpo, mas nem sempre é simples entender como esses tumores surgiram. Portanto, o exame imunohistoquímico analisa as células para identificar a origem delas.
Isso é útil quando há suspeita de metástase, principalmente ao envolver órgãos mais suscetíveis a tal “espalhamento” do câncer, como cérebro, fígado e pulmões, além dos linfonodos.
Tipos e subtipos de neoplasia
Outra meta em determinados pedidos de exames imunohistoquímicos é identificar os tipos e subtipos dos cânceres, especialmente linfomas e leucemias, que afetam o sistema linfático e o sangue, respectivamente. Ao entender essas especificidades, o oncologista possui maior conhecimento para determinar o tratamento.
Diferenciação de tumores pelo exame imunohistoquímico
A identificação das características dos tumores é ainda mais aprofundada, com a capacidade de estabelecer se o conjunto de células cancerígenas formam um carcinoma, melanoma, linfoma ou sarcoma, entre diversas outras maneiras de classificar um câncer.
Entender o que é inflamação e o que é um câncer
Alguns estados inflamatórios no organismo podem ser confundidos com câncer, por exemplo, no caso de hiperplasia benigna da próstata. Então, o exame imunohistoquímico entra em ação para fazer essa diferenciação e identificar se estão presentes células inflamatórias ou cancerígenas.
Os indicativos do prognóstico
“Prognóstico” é o termo médico que indica uma previsão de como certa doença irá progredir, inclusive o câncer. O teste entra neste campo porque, com as características obtidas da neoplasia associadas aos estudos científicos, a equipe de saúde entende melhor as chances do paciente reagir positivamente a cada tipo de tratamento.
Os impactos do exame imunohistoquímico na imunoterapia
Os resultados do exame imunohistoquímico também guiam as formulações dos medicamentos a serem utilizados por meio da imunoterapia. Estamos falando dos tratamentos formulados especificamente para cada paciente com o objetivo de estimular o sistema imunológico a combater o tumor.
Ao entender quais são as moléculas presentes na neoplasia e como elas atuam, os especialistas conseguem definir os anticorpos que serão mais eficazes para combater a doença.
Como é feito?
Depois de conhecer as principais possibilidades do exame imunohistoquímico, é hora de entender como ele é feito. Saiba, portanto, que é necessário ter uma amostra do tumor, obtida por meio de biópsia.
Para isso, o paciente é submetido a procedimentos para a retirada de parte da lesão ou coleta de sangue (nos casos de leucemias e outros cânceres hematológicos). Após a obtenção da amostra, o médico patologista irá marcá-la com anticorpos monoclonais.
Basicamente, caso as células possuam essas substâncias, elas irão mudar de cor. Dessa forma, o especialista precisa testar várias moléculas até encontrar as que “se encaixam” e desvendar as características do tumor.
Leia também: Como os marcadores tumorais são usados no tratamento de câncer?
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O exame imunohistoquímico mostra como a oncologia evolui para deixar os cuidados cada vez mais precisos e, consequentemente, salvar vidas! Ficamos sempre atentos a procedimentos como esse para explicá-los aos nossos pacientes e informá-los com qualidade.
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