A medicina oncológica avança cada vez mais e precisamos comemorar todas as conquistas, pois elas representam maiores possibilidades de cura. Por isso, resolvemos criar este material para explicar o que é imunoterapia.
Você já ouviu falar dessa forma de tratar os tumores cancerígenos? A Organização Mundial da Saúde (OMS) a descreve como um dos medicamentos essenciais para o tratamento do câncer. Assim, já podemos perceber a importância, certo?
Porém, como funciona essa tática para vencer as células malignas? Quais substâncias utiliza? Como é a aplicação? Iremos explicar tudo neste texto. Confira!
O que é imunoterapia?
A imunoterapia consiste no uso de medicamentos para “ensinar” o sistema imunológico a reconhecer as células cancerígenas. Dessa forma, o próprio organismo entra em ação para combater a doença, por meio dos anticorpos, que já atuam na luta contra os perigos que invadem nosso corpo.
Os remédios costumam ser chamados de “anticorpos monoclonais” e aplicados de forma endovenosa (na veia) ou subcutânea (abaixo da pele). O objetivo é que as substâncias identifiquem o câncer, sem serem “enganadas” pela doença.
Qual a diferença para a quimioterapia?
A quimioterapia também tem a missão de destruir as células de câncer, por meio de medicações endovenosas ou orais. Então, muitos pacientes confundem, mas há uma diferença fundamental.
Enquanto a quimio ataca várias células, inclusive as saudáveis, a imunoterapia é mais precisa: o remédio é formulado de maneira que ele identifique a estrutura doente e atue somente nela.
Um exemplo que pode ajudar no entendimento é pensar em uma vacina, pois os imunizantes também são tipos de imunoterapia. Eles são fabricados para reconhecer um microrganismo causador de doenças e, em seguida, combatê-lo. Já a radioterapia usa a radiação para destruir o câncer, mas também atinge partes saudáveis.
O que é imunoterapia e como se diferencia da terapia-alvo
Para complementar a compreensão sobre o que é imunoterapia, vale ressaltar que esse tratamento pode envolver inibidores de checkpoint imunológico, células CAR-T, citocinas e anticorpos monoclonais (explicaremos adiante).
Assim, é eficaz em tumores que escapam da resposta imune natural, ajudando o organismo a reagir contra o câncer de forma mais duradoura.
Já a terapia-alvo age diretamente sobre moléculas específicas que contribuem para o crescimento e a sobrevivência das células tumorais. Diferente da quimioterapia tradicional, que ataca células em divisão de forma aleatória, essa conduta bloqueia proteínas ou genes responsáveis pela proliferação do câncer.
Em resumo: enquanto a imunoterapia fortalece a defesa natural do corpo contra o câncer, a terapia-alvo foca em características biológicas específicas do tumor. A escolha entre esses tratamentos depende do tipo de neoplasia, das mutações genéticas envolvidas e da resposta esperada em cada paciente.
Quais tipos de câncer a imunoterapia trata?
Agora que você sabe o que é imunoterapia, temos uma notícia não tão boa. Ela não é indicada para todos os tipos de câncer, pois ainda não há comprovação científica sobre a eficácia em certos tumores.
Todavia, o Instituto A.C.Carmago mostra que os cientistas já perceberam que esse tratamento promoveu bons resultados para o câncer de pele melanoma, pulmão, rim, bexiga, estômago, cabeça e pescoço, assim como alguns subtipos de neoplasias na mama e carcinoma escamoso de pele.
É importante conversar com o médico oncologista para receber mais orientações, uma vez que, para cada paciente, é criada uma estratégia para tratar o câncer. Na Vence Onco de Itajaí, realizamos sessões de imunoterapia e também temos uma equipe de especialistas prontos para ajudar no que você precisa.
Leia também: O que acontece na primeira consulta com um oncologista?
As classificações dos medicamentos
A imunoterapia é uma área complexa, que envolve vários medicamentos e está em constante evolução. Portanto, veja a seguir uma lista com as principais substâncias utilizadas na oncologia:
- inibidores de checkpoint imunológico: medicamentos que bloqueiam proteínas que freiam a resposta imunológica, como PD-1, PD-L1 e CTLA-4, permitindo que as células de defesa ataquem o tumor com mais eficácia;
- terapia com células T (CAR-T): técnica em que linfócitos T (parte do sistema de defesa) do paciente são modificados geneticamente para reconhecer e destruir células cancerígenas;
- citocinas: proteínas, como as interleucinas e interferons, que estimulam a resposta imune contra o câncer;
- vacinas: utilizadas para prevenir ou tratar tumores, ativando o sistema imunológico para reconhecer células tumorais.
- anticorpos monoclonais: moléculas produzidas em laboratório que se ligam a alvos específicos das células cancerígenas, facilitando sua detecção pelo sistema imunológico.
Cada tipo de imunoterapia apresenta benefícios e desafios e, como mencionamos anteriormente, as indicações dependem das condições de saúde de cada paciente.
A imunoterapia tem efeitos colaterais?
Como todos os outros tratamentos contra o câncer, a imunoterapia pode gerar alguns incômodos. São eles:
- dores nas articulações;
- diarreia ou prisão de ventre;
- náuseas e vômitos;
- coceiras na pele;
- inflamações no intestino, tireoide e fígado;
- tosse;
- falta de apetite;
- manchas na pele;
- cansaço;
- formigamento nos membros;
- febre.
Na Vence Onco, também temos uma equipe multiprofissional que auxilia os pacientes a lidarem com esses sintomas e manterem cuidados que promovem bem-estar. É o que chamamos de terapias de suporte.
Como é a aplicação da imunoterapia?
A aplicação da imunoterapia dura cerca de uma hora e é como a quimioterapia. O paciente fica em uma sala confortável, com a assistência dos profissionais de saúde, que irão atender qualquer contratempo.
Em razão dos efeitos colaterais que citamos, uma dica é evitar marcar compromissos após as sessões e ter um acompanhante com você, para poder dirigir ou guiar até em casa. Saiba ainda que não há necessidade de manter jejum.
Além disso, aproveite o tempo para fazer algo que goste, como ler, assistir um filme ou até dormir. Também leve uma blusa de frio para aumentar ainda mais o seu bem-estar.
Conduto, verifique com o seu médico sobre a necessidade de realizar exames antes da aplicação. Em alguns casos, o especialista solicita testes de sangue para ter maior conhecimento do estado do câncer antes de aplicar o tratamento.
Quer saber mais?
Esperamos que este material tenha ajudado a entender mais o que é imunoterapia. No entanto, caso tenha restado alguma dúvida, a Vence Onco está à disposição para solucionar!
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