Tabagismo como fator de risco de câncer

Tabagismo como fator de risco de câncer

Muito se fala sobre o tabagismo como fator de risco de câncer. Porém, você sabe o motivo disso? É importante entender a razão de forma mais aprofundada para perceber o quanto o cigarro é maléfico para a saúde.

A situação é séria: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),aproximadamente 5 milhões de pessoas morrem todos os anos, no mundo, como consequência do tabagismo. No Brasil, são 200 mil vítimas e o vício é responsável por 22% dos falecimentos decorrentes de câncer.

Por trás desses números assustadores estão várias substâncias tóxicas, mas a protagonista é a nicotina. Ela tem um alto poder viciante, levando apenas sete segundos para chegar ao cérebro, onde promove a liberação de dopamina, uma substância que gera a sensação de bem-estar.

A boa notícia é que, após anos de campanha intensiva contra o fumo, o Brasil alcançou grandes melhorias: em 2006, segundo o Ministério da Saúde, 15,6% da população era fumante. Em 2018, esse número foi reduzido para 9,3%.

Todavia, não podemos descuidar. Continuamos convivendo com o tabagismo como fator de risco de câncer e temos que evitar tantos danos!

Quer aprender mais sobre o assunto? Continue a leitura deste artigo que preparamos.

Por que o tabagismo como fator de risco de câncer existe?

O que faz o fumo ser algo que gera câncer? A resposta está na já conhecida nicotina e também nas outras toxinas cancerígenas que a acompanham. Elas promovem multiplicações celulares aceleradas e, em meio a essa rapidez, as células podem se dividir de forma errada, formando os tumores.

Vale lembrar que o nosso organismo enfrenta as mutações periodicamente, mas elas são mais lentas. Isso permite que seja ligado um “sistema de alerta” para corrigir qualquer erro que possa aparecer. No entanto, entre os fumantes, a quantidade de alterações nas células é grande, o que sobrecarrega o corpo.

O câncer de pulmão

Quando o assunto é tabagismo como fator de risco de câncer, os mais lembrados são os tumores que afetam os pulmões. Afinal, o fumo é o responsável por cerca de 90% desse tipo de neoplasia.

Isso é justificado por algo já conhecido da medicina: os pulmões sofrem com qualquer tipo de fumaça inalada, ainda mais quando ela é cheia de toxinas! Além das multiplicações celulares, há ainda a destruição dos cílios dos brônquios, que são pequenas estruturas responsáveis por filtrar as impurezas do ar, inflamações e ressecamento do aparelho respiratório.

Os danos são muitos, envolvendo enfisema pulmonar, bronquite crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e o câncer.

Outros órgãos também são afetados

Não são apenas os pulmões os prejudicados com o tabagismo: vários órgãos e tecidos sofrem com a multiplicação celular desenfreada e podem desenvolver tumores malignos. Estamos falando do útero, fígado, pâncreas, rins, bexiga, estômago, esôfago, faringe, laringe, boca e até sangue (com as leucemias).

Enfim, todo o corpo sente o vício em cigarros! Inclusive tem relação com outras doenças, como osteoporose, condições cardiovasculares, úlceras, infertilidade, catarata e muitas mais.

Apenas o cigarro tradicional é maléfico?

Não, todos os dispositivos de fumo causam prejuízos à saúde, inclusive o narguilé e o cigarro eletrônico. Infelizmente, eles podem colocar em risco o sucesso alcançado pelo Brasil no quesito de combate ao tabagismo.

Isso porque são vendidos para públicos mais jovens e com a falsa ideia de que não possuem nicotina, além de exalarem fragrâncias de diversos tipos. Contudo, ainda assim, são compostos por substâncias extremamente perigosas, como formol, acetaldeído, acroleína e acetona. Elas geram problemas pulmonares que se transformam em uma nova doença registrada pela medicina: a evali, caracterizada por tosse, falta de ar, dor no peito, febre e calafrios.

Nunca é tarde para vencer o vício

Algumas pessoas, que fumam por um longo tempo, acham que não vale mais a pena largar o cigarro, pois o “estrago já está feito”. Precisamos mudar essa mentalidade!

Com 20 minutos sem fumar, o corpo começa a sentir os primeiros benefícios, com a regularização dos batimentos cardíacos. Em 12 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue voltam ao normal.

Entre um e nove meses, observa-se uma grande melhora na tosse e na falta de ar. Em 10 anos, o risco de desenvolver câncer de pulmão cai pela metade. Portanto, nunca é tarde demais!

Como parar de fumar?

Depois de saber mais sobre o tabagismo como fator de risco de câncer e todos os malefícios dele, queremos incentivar as pessoas a superarem o vício. Para isso, é importante buscar ajuda profissional de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas e outros especialistas. Com o apoio certo, a luta contra o cigarro fica mais fácil.

Provavelmente, os profissionais irão traçar uma estratégia para largar o tabaco aos poucos, a fim de evitar os desconfortos da dependência. Algumas táticas rotineiras também contribuem. Por exemplo:

  • atrase o horário do primeiro cigarro do dia;
  • não fique perto de pessoas fumantes;
  • quando aparecer a vontade, tente mascar um chiclete;
  • pratique exercícios físicos para evitar a ansiedade;
  • converse com pessoas que também tentam parar de fumar;
  • invista em técnicas de relaxamento, como meditação;
  • procure formas de se distrair.

Porém, a dica principal é manter a confiança na capacidade de vencer o vício!

O tabagismo como fator de risco de câncer e outras informações importantes sobre saúde

Assim como é relevante entender bem o tabagismo como fator de risco de câncer, outras informações a respeito dos cuidados com a saúde precisam ser disseminadas. É isso o que fazemos no nosso blog e em nossas redes sociais.

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