A campanha Dezembro Laranja é voltada à prevenção do câncer de pele. Entre os tipos de tumores esse é o mais incidente no Brasil. A doença é classificada em dois subtipos, o melanoma e o não melanoma.
Segundo o INCA, Instituto Nacional de Câncer, a estimativa para o triênio 2020/2022 é que, por ano, 177 mil pessoas desenvolverão o câncer não melanoma. Sendo mais comum em pessoas a partir de 40 anos.
O melanoma cutâneo é o mais grave, responsável por 75% das perdas de vida por câncer de pele no país. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, SBD, quando o tumor é diagnosticado no seu início, as chances de cura chegam a 90%. Portanto, a prevenção, a busca por ajuda profissional e atenção aos sintomas são fundamentais.
Já os diagnósticos do câncer não melanoma constituem a maioria dos casos. São menos letais, mas podem se transformar em complicações caso não sejam diagnosticados e tratados adequadamente. Descobertos no início, têm alta possibilidade de cura.
Com o intuito de apoiar e colaborar com o Dezembro Laranja, elaboramos um artigo especialmente para falar sobre o tema. Confira.
Como a campanha Dezembro Laranja surgiu?
Dezembro Laranja faz parte da campanha nacional de prevenção e combate ao câncer de pele. O evento acontece desde 2014 e é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia, SBD. O movimento visa conscientizar a população sobre as principais formas de cuidado para prevenir a doença, principalmente em relação à radiação solar, um dos maiores fatores de risco para seu surgimento.
São realizadas diversas parcerias com os setores públicos e privados, para cada um, da sua forma, levar a informação e promover a conscientização.
Assim, durante todo o mês, são promovidos eventos para lembrar as formas de prevenção. O movimento é marcado por:
engajamento nas redes sociais com a hashtag “#dezembrolaranja”;
distribuição de conteúdo informativo;
trabalhos de conscientização em praias e parques e
distribuição de filtros solares.
O Dezembro Laranja é realizado anualmente com o slogan “se exponha, mas não se queime”.
Como o câncer de pele se desenvolve e quais seus riscos?
O câncer geralmente é uma doença silenciosa, mas o de pele manifesta sintomas. No entanto, exige atenção porque os sinais podem ser confundidos com condições normais da derme.
Tanto o melanoma quanto o não melanoma tem o seu fator de risco na exposição excessiva à radiação solar. Essa é a proposta de prevenção do Dezembro Laranja. Porém, fatores genéticos e ter a pele clara também podem favorecer o surgimento.
O melanoma se desenvolve nos melanócitos, as células que produzem melanina, substância que dá cor para a pele. Geralmente, surgem nas áreas do corpo que ficam mais expostas ao sol. É caracterizado pela pinta ou sinal marrom, que muda de cor, formato, tamanho e pode sangrar.
O não melanoma também tende a surgir nas regiões mais expostas à radiação solar. Ele pode se desenvolver nas células basais, localizadas na parte inferior da epiderme ou nas escamosas, a camada externa da pele. É caracterizado por manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, ou por feridas que não cicatrizam em até quatro semanas.
Ambos os tipos de doenças apresentam riscos. O melanoma pode levar à metástase, por isso é mais letal. O não melanoma pode também trazer complicações, como mutilações no corpo, se não for devidamente cuidado. Por isso, em ambos os casos o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar prejuízos.
Como prevenir?
A campanha Dezembro Laranja vem reforçar os cuidados em relação à radiação solar. As dicas de prevenção são:
evitar exposição prolongada aos raios solares;
não ficar no sol entre 9h e 15h;
usar boné, chapéu e óculos escuros;
passar filtro solar na pele com fator de proteção 30 (mínimo);
reaplicar o filtro solar a cada duas horas, quando em exposição solar;
reaplicar o protetor solar sempre que entrar e sair da água e
procurar um lugar com sombra.
Mesmo em casa e em dias nublados, o protetor solar deve ser aplicado diariamente, principalmente nas regiões expostas à radiação, como mãos, pés, rosto, pescoço e colo.
Assim, como no câncer de mama, o autoexame também é uma forma de prevenção. Por isso, é importante observar o corpo e identificar alterações. Ao perceber qualquer anormalidade, o médico deve ser consultado.
Pessoas que passaram por períodos excessivos ao sol, ou que têm familiares com diagnóstico de câncer, devem procurar o dermatologista regularmente.
Como é feito o tratamento?
Segundo o INCA, o tratamento para câncer de pele é normalmente realizado através de cirurgia. Dependendo do estágio da doença, a radioterapia e a quimioterapia podem ser utilizadas. Atualmente, também existe a possibilidade de realizar a criocirurgia com nitrogênio líquido ou com a terapia fotodinâmica.
Nos casos de metástase, a terapia alvo e medicamentos podem ser indicados como alternativas para o tratamento.
A Vence Onco apoia campanhas e eventos como Dezembro Laranja, que visam informar e conscientizar a sociedade sobre formas de prevenção e saúde. Nós apoiamos a causa e reforçamos os cuidados.
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