Microbiota Intestinal e Nutrição

Microbiota Intestinal e Nutrição

Este é um conteúdo planejado e desenvolvido pela especialista em nutrição da Clínica Vence Onco, Idrejane Vicari do Vale, para ajudar você a entender o que é a microbiota intestinal.

Nele serão abordados tópicos importantes sobre o assunto, como, por exemplo:

  • o que é a microbiota humana;
  • o que é a microbiota intestinal humana e como ela atua no organismo;
  • o que é a disbiose;
  • fatores externos que influenciam a microbiota intestinal e
  • benefícios da alimentação para a microbiota intestinal, de maneira geral.

Esse assunto é do seu interesse? Então, continue a leitura e entenda tudo de forma simples.

Entendendo o que é a microbiota humana

O termo microbiota humana é usado para descrever a totalidade de micro-organismos que habitam nosso organismo. Falando de maneira geral, são eles:

  • bactérias;
  • archaea;
  • fungos;
  • vírus e
  • protozoários.

A maioria desses microrganismos que acabamos de listar reside no trato gastrointestinal e constitui a chamada microbiota intestinal.

O que é a microbiota intestinal humana e como ela atua no organismo

A microbiota intestinal nada mais é que os micro-organismos que residem no trato intestinal, e vale ressaltar que eles são importantíssimos para o nosso organismo, pois atuam diretamente na regulação dos processos bioquímicos dentro do intestino.

Em resumo, a adequada interação entre o intestino e a microbiota tem papel fundamental para o equilíbrio intestinal. 

O que é a disbiose

É chamada de disbiose a ocorrência de perturbações na microbiota. Esse é um processo delicado e prejudicial para o organismo, pois pode ocasionar o surgimento de diversas doenças crônicas, como, por exemplo, doenças cardiovasculares e cânceres.

Fatores externos que influenciam a microbiota intestinal

Alguns fatores externos, como, por exemplo, a alimentação e o uso de antibióticos, influenciam a microbiota intestinal, modificando sua composição quantitativa e/ou qualitativa.

Estudos realizados para analisar o comportamento da microbiota têm mostrado cada vez mais como os padrões alimentares e a ingestão de determinados nutrientes podem ter consequências importantes na composição da microbiota intestinal.

No  caso da alimentação, temos como exemplo de influência sobre a microbiota intestinal, a relação entre a ocorrência de patologias crônicas e pré-cancerosas em indivíduos adeptos a chamada “Dieta Ocidental”, rica em açúcares, sódio, gorduras saturadas e aditivos alimentares.

De forma que, hoje, uma orientação nutricional já não pode ignorar o processamento dos alimentos e a presença de aditivos e contaminantes nos alimentos de uma dieta, mesmo que a alta densidade calórica dos alimentos ultraprocessados seja capaz de satisfazer o gosto do consumidor.

E já que estamos falando sobre a interferência da alimentação na microbiota intestinal, vale relatar aqui, que em alguns casos, a transformação microbiana de bioativos dietéticos, por exemplo, pode ter consequências indesejáveis.

E nesse ponto, destaca-se dois exemplos, recentemente identificados:

  • adoçantes artificiais e
  • emulsificantes.

O estudo ‘Artificial sweeteners induce glucose intolerance by altering the gut microbiota’, publicado pela Revista Nature, em 2014, demonstrou que os adoçantes artificiais ao interagir com os micro-organismos intestinais humanos, podem levar a uma inesperada intolerância à glicose.

Enquanto que os agentes emulsificantes (adicionados aos alimentos processados ​​para manter as partículas em suspensão, principalmente durante o armazenamento) podem afetar a camada mucosa e a translocação bacteriana, que são atores-chave na inflamação intestinal, síndrome metabólica e carcinogênese.

Benefícios da alimentação para a microbiota intestinal de maneira geral

Em contrapartida, estudos evidenciam que uma alimentação com características da “Dieta Mediterrânea”, está ligada à diversidade e estabilidade da microbiota intestinal, exercendo um efeito anti-inflamatório em nosso organismo, tornando-se um fator de proteção para o desenvolvimento de doenças metabólicas.

A dieta mediterrânea é composta por:

  • frutas;
  • legumes;
  • peixes;
  • azeite;
  • oleaginosas;
  • grãos;
  • cereais e
  • pequena quantidade de derivados do leite.

Esta interessante teoria sobre o tipo de alimentação ser capaz de melhor alimentar a microbiota, poderia dar um conceito inovador sobre a dieta humana.

A ciência aponta que a dieta que consumimos é nossa interface com o mundo e seus efeitos em nossa microbiota intestinal e têm impacto em nosso estado de saúde e doença.

Novas evidências, correlacionam a complicada relação e conexão entre a composição do nosso microbioma e as várias funções dos tecidos humanos, configurando ponto-chave para nossa saúde.

E já que falamos de alimentação, o que você acha de entender um pouco mais sobre ela?

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