A imunoterapia foi incluída na lista dos medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) para tratar o câncer. O medicamento tem a função de auxiliar o organismo a rejeitar ou destruir as células tumorais. Sem afetar as saudáveis existentes.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) a estimativa é de que em 2021 sejam diagnosticados 625 mil novos casos dessa doença. O câncer de pele não melanoma é o mais incidente no Brasil e acomete homens e mulheres.
Já os canceres de próstata e o de mama são os mais recorrentes no gênero masculino e feminino, respectivamente, depois do não melanoma. Cólon, reto, pulmão e estômago vêm em seguida como os mais frequentes na população em geral.
Praticamente todos eles, quando descobertos no seu início e tratados devidamente, apresentam grandes possibilidades de cura. Dependendo do estágio, o tratamento baseia-se em cirurgia para remoção do tumor. E muitos casos são também indicadas quimioterapia e radioterapia como meio de combater células tumorais que possam ter escapado do tumor e que não foram removidas durante a cirurgia.
No entanto, a quimioterapia e a radioterapia não conseguem diferenciar as células doentes das saudáveis, agem em qualquer célula que esteja se dividindo. Por isso, acabam por danificá-las, o que reflete nos efeitos colaterais sentidos pelo paciente. A imunoterapia vem como a alternativa menos tóxica e mais eficaz para auxiliar no combate de variados tipos de tumor, com efeitos muito menores em células não tumorais. Continue a leitura e saiba mais sobre.
O que é a imunoterapia e como atua no organismo?
Pode-se definir a imunoterapia como um tratamento que visa estimular o sistema imunológico do paciente oncológico. Visa o combate às células tumorais e compreende um grupo de medicamentos intravenosos, composto de proteínas sintetizadas em laboratório.
O funcionamento do sistema imunológico humano pode ser comparado a um exército. As células de defesa são os soldados que têm a função de proteger e defender as estruturas. O grande inimigo do paciente oncológico são as células cancerígenas. Elas utilizam mecanismos para bloquear a ação das células de defesa (linfócitos) contra elas. Dessa forma, não são reconhecidas pelos soldados da defesa e acabam ganhando força.
Como o medicamento age no organismo?
A imunoterapia fará com que as células tumorais percam a capacidade de enganar o sistema imunológico. Assim, elas são identificadas e combatidas pelas células de defesa.
Podemos observar que essa alternativa de tratamento estimula o próprio sistema imunológico do organismo a identificar e combater o câncer. A imunoterapia difere da quimioterapia, pois tem ação muito mais específica contra as células tumorais.
Quem pode fazer imunoterapia?
Até agora esse tipo de tratamento vinha sendo aplicado com eficiência em casos de câncer em estágio mais avançado. Entre eles, destacavam-se o melanoma e o de pulmão metastático. Segundo o portal da farmacêutica Roche, atualmente a imunoterapia está sendo utilizada também como forma de reduzir a reincidência de tumores após a retirada cirúrgica, como no caso do melanoma.
A terapia pode ser indicada para auxiliar no tratamento do câncer de bexiga, rins, leucemia, de cabeça, pescoço e linfomas de Hodgkin. É importante frisar que segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) ainda existe um número grande de tumores que não respondem positivamente a ela.
Dessa forma, somente o médico saberá avaliar o quadro e orientar se é viável ou não o seu uso.
Quanto tempo dura uma sessão de imunoterapia?
Geralmente, uma sessão para aplicação do medicamento dura em torno de uma hora, podendo ser repetida entre duas e quatro semanas de intervalo conforme o medicamento escolhido e a indicação.
A duração do tratamento depende da eficiência do medicamento no sistema imunológico. Também dependerá da reação de cada paciente ao uso dele. Na maioria das vezes, as aplicações podem durar entre um ou dois anos.
Quais as reações da imunoterapia especificamente para câncer de pulmão?
As reações são suaves comparadas às da radioterapia e da quimioterapia. Em relação ao tratamento, o paciente pode sentir:
- náusea;
- fadiga;
- tosse;
- coceira;
- Inflamação no intestino, tireoide, fígado
- dores nas articulações
- diarreia e
- falta de apetite.
Assim, como em qualquer tratamento, alguns pacientes têm resultados super positivos com a imunoterapia e outros nem tanto. Da mesma forma, alguns apresentam reações mais complexas e outros mais leves.
A indicação do uso ou não dessa alternativa de tratamento sempre estará associada ao tipo de tumor, ao momento do paciente e ao quadro clínico dele, avaliados pela equipe médica da clínica oncológica onde ele se trata.
Se você mora na região do Vale do Itajaí e está procurando uma clínica para realizar quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia, entre em contato com a equipe de atendimento da Vence Onco. Somos referência no tratamento oncológico e no cuidado humanizado ao paciente.