Uma doença silenciosa: é assim que o câncer de ovário é descrito. O motivo está no fato de que essa neoplasia não costuma gerar sintomas em seus estágios iniciais, o que prejudica a detecção precoce.
Estamos falando do câncer ginecológico mais comum, atrás apenas do de colo do útero. São cerca de 7,3 mil novos casos por ano, no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Portanto, é importante conhecer os principais aspectos dos tumores que afetam os ovários para saber como preveni-los, quando procurar ajuda médica e os tratamentos disponíveis. Continue lendo para conferir tudo isso e mais!
O que são os ovários?
Os ovários fazem parte do sistema reprodutor feminino. Cada um deles (são dois) ficam ao lado do útero e são responsáveis pela produção dos óvulos (os gametas das mulheres) e de hormônios, como o estrógeno e a progesterona.
As células epiteliais, as que ficam na parte exterior dos ovários, são as mais acometidas pelos tumores malignos (em 95% dos casos, de acordo com o Inca). Os demais diagnósticos costumam estar associados às células germinativas (formadoras dos óvulos) e às estromais (que produzem os hormônios).
Cistos são indicativos de câncer de ovário?
Algumas mulheres recebem a notícia de que possuem cistos nesses órgãos. Porém, essas estruturas são apenas pequenas bolsas com líquido, que surgem com as alterações do ciclo menstrual e podem desaparecer sozinhas. Então, não indicam maior risco de câncer de ovário.
Existem sintomas de câncer de ovário?
Como mencionamos anteriormente, o câncer de ovário não costuma apresentar sinais de alerta. Porém, nos estágios mais avançados, a paciente pode perceber:
- dores abdominais;
- perda ou ganho de peso sem explicação;
- muito cansaço;
- sangramento vaginal anormal;
- dores nas costas;
- alterações menstruais;
- dores durante as relações sexuais;
- diarreia, náusea ou prisão de ventre.
Esses desconfortos também podem estar relacionados a outras condições de saúde. Por isso, é importante procurar o médico caso qualquer incômodo apareça.
Os fatores de risco
Por não apresentar grandes indícios quando está presente, uma das formas de diagnosticar o câncer de ovário é manter o acompanhamento regularcom o médico ginecologista, especialmente se você se enquadra em algum dos seguintes fatores de risco:
- idade acima de 60 anos;
- não ter filhos;
- histórico de câncer de ovário na família;
- ter mutações genéticas que aumentam as chances de tumores.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do câncer de ovário começa com uma avaliação clínica detalhada, incluindo histórico médico e familiar, além de exame físico, com atenção especial à região pélvica.
Em seguida, exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, ajudam a identificar alterações nos ovários.
Também estão inclusos os testes laboratoriais, como a dosagem do marcador tumoral CA-125 no sangue, que são utilizados como apoio, mas não são exclusivos para determinar a presença ou não da neoplasia.
Em casos suspeitos, o médico solicita uma biópsia ou cirurgia exploratória, que verifica com precisão a existência de células malignas.
A boa notícia: existem tratamentos
É óbvio que o câncer de ovário preocupa, mas tenha em mente que existem tratamentos. As condutas devem ser personalizadas, dependendo do estágio da doença e das condições de saúde da paciente.
O mais comum é iniciar com a cirurgia para a retirada dos ovários e de outras estruturas afetadas na região, quando não há metástase para demais órgãos.
Também é possível utilizar a quimioterapia, que utiliza medicamentos para destruir quaisquer células malignas que tenha restado ou que esteja presente em outras partes do corpo.
Além disso, imunoterapia e hormonioterapia podem ainda ser aplicadas em algumas mulheres, com orientações específicas para esses tipos de tratamentos.
Os cuidados devem ser contínuos
Mesmo após a alta do médico oncologista, é preciso manter os cuidados contra o câncer de ovário, a fim de evitar recidivas de tumores. Exames de imagem e sangue contribuem com a verificação periódica da saúde.
É possível prevenir o câncer de ovário?
A prevenção do câncer de ovário passa, principalmente, pelos check-ups periódicos com o ginecologista, que irá verificar qualquer alteração suspeita nesses órgãos, mesmo quando a paciente não apresenta sintomas.
Também não podemos deixar de ressaltar a importância de manter bons hábitos de vida, com alimentação saudável, prática de exercícios físicos e evitar o tabagismo.
Então, a dica final é simples: não deixe a sua saúde para depois e mantenha os cuidados frequentes. Caso queira conhecer mais orientações essenciais para seu bem-estar, venha nos seguir no Instagram e Facebook.