O câncer de pulmão é o responsável por mais de 32 mil novos diagnósticos por ano no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Porém, a maioria dos casos pode ser prevenida com um cuidado simples: não fumar.
Mesmo assim, todas as pessoas, tabagistas ou não, precisam ficar atentas aos sinais de alerta dessa doença para procurar médica rapidamente. Afinal, o diagnóstico precoce é de grande importância para a eficiência do tratamento.
Vamos entender mais sobre esse tipo de neoplasia, como surge e as condutas após a identificação? Continue lendo e descubra!
Os tipos de câncer de pulmão
É chamado de câncer primário de pulmão aquele que se origina das células pulmonares, surgindo nas vias respiratórias ou nos alvéolos. No entanto, a neoplasia também pode ser metastática, ou seja, células malignas que se propagam para o pulmão a partir de outras partes do corpo.
Além disso, os tumores pulmonares mais comuns são classificados da seguinte forma:
- carcinoma de pulmão de células não pequenas (cerca de 85% dos diagnósticos),contemplando o adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e o carcinoma de grandes células;
- carcinoma de pulmão de células pequenas (cerca de 15%),que gera o crescimento mais rápido que os outros subtipos.
Quais são as principais causas?
Cerca de 85% de todos os casos de câncer de pulmão são desenvolvidos em decorrência do tabagismo, também segundo o Inca. Contudo, embora o risco de ter a doença diminua nas pessoas que deixam de fumar, ex-fumantes continuam a vivenciar maior perigo, em relação aqueles que nunca fumaram.
Os outros 15% das causas estão relacionadas a fatores desconhecidos. O que se sabe é que podem ser associados a determinadas mutações genéticas, assim como:
- exposição à fumaça de tabaco e tabagismo passivo;
- exposição a carcinógenos, como amianto, radiação, radônio, arsênico, níquel, cromatos, éteres clorometila, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, gás mostarda ou emissões de forno de coque, entre outros;
- hábito de fumar maconha;
- poluição do ar.
Em casos raros, cânceres de pulmão podem se desenvolver em pacientes cujos os órgãos apresentam cicatrizes causadas por outras doenças, como a tuberculose.
Os sintomas do câncer de pulmão
Algumas pessoas não apresentam sintomas, mas é correto dizer que tê-los ou não dependerá de fatores como o tipo de neoplasia, sua localização e a maneira como está se espalhando (para áreas próximas aos pulmões ou outras partes do corpo). Os sinais de alerta mais comuns são:
- tosse persistente;
- tosse com sangue ou muco com estrias de sangue (raramente ocorrem sangramentos graves);
- perda de apetite;
- emagrecimento sem motivo aparente;
- cansaço excessivo;
- dor torácica;
- fraqueza.
Normalmente, os médicos suspeitam da possibilidade de câncer de pulmão diante dos sintomas relatados pelos pacientes, além dos resultados de determinados exames. Por exemplo:
- radiografia torácica;
- tomografia computadorizada;
- exame microscópico (anatomopatológico),por meio de biópsia da lesão;
- testes genéticos: quando há a suspeita de que a neoplasia foi causada por mutações;
- exames de estadiamento como PET-CT e ressonância magnética de crânio (realizados para verificar a possibilidade de metástase).
Existem tratamentos
O câncer de pulmão permite uma série de tratamentos que podem variar de acordo com alguns fatores, como a avaliação médica, o tipo de célula maligna, a localização, gravidade, a extensão de propagação e a saúde geral do paciente.
O oncologista pode indicar a cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, por exemplo.
Em estágios iniciais, as chances de sobrevida em até cinco anos superam 60%. Por isso, como mencionamos anteriormente, o diagnóstico precoce é essencial.
A prevenção do câncer de pulmão
Depois de aprender sobre os tipos, sintomas e tratamentos, nada melhor do que conhecer as formas de evitar o câncer de pulmão. Portanto, saiba que a primeira ação é parar de fumar, caso você tenha este vício, ou nem mesmo começar.
Vale ressaltar que cigarros eletrônicos e narguilé também são maléficos aos pulmões. Mesmo que alguns sejam vendidos como produtos sem nicotina, eles possuem outras substâncias tóxicas que geram inflamações e lesões nas células pulmonares, aumentando o risco de câncer.
Para exemplificar: a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que uma sessão de narguilé equivale a fumar 100 cigarros tradicionais! Então, tenha em mente que nenhuma forma de tabagismo é segura.
Além disso, é importante ter hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos, evitar ambientes poluídos e manter check-ups médicos periódicos.
Caso tenha ficado com alguma dúvida, não espere para solucioná-la: os especialistas da Vence Onco estão à disposição para ajudar. Entre em contato e mande sua pergunta.