Tumores malignos afetam pessoas de qualquer idade. Por isso, é importante conhecer os sinais de alerta, tratamentos e outros aspectos do câncer infantil. Estamos falando das neoplasias que podem surgir desde os primeiros meses de vida até o final da adolescência.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),o câncer em crianças e adolescentes representa mais de 8,4 mil novos diagnósticos por ano em nosso país. Pensar que tantas pessoas jovens podem ser acometidas pela doença assusta, mas existem especificidades que melhoram as chances de cura.
Vamos explicar tudo neste material para você entender cada detalhe do câncer infantil. Continue lendo e confira.
O que causa o câncer infantil?
Quando abordamos o câncer nos adultos, chega à nossa mente os diversos fatores de risco para o desenvolvimento dos tumores, como tabagismo, má alimentação, excesso de peso, exposição a substâncias tóxicas e até mesmo o processo natural de envelhecimento.
Porém, nas crianças, o estilo de vida não é determinante para o surgimento da doença. O que acontece é que as células do organismo não conseguem amadurecer corretamente e permanecem com características similares às embrionárias.
Assim, essas estruturas se multiplicam de maneira muito rápida e desordenada, podendo gerar mutações errôneas e, consequentemente, o câncer.
Os sintomas
Como você percebeu, não existe uma forma específica de evitar o câncer infantil. Por isso, o fundamental é ficarmos atentos aos sintomas e levar as crianças ou adolescentes ao médico caso algo suspeito apareça. Os principais sinais de alerta são:
- cansaço sem motivo aparente;
- perda de peso;
- dores de cabeça e pelo corpo;
- náuseas e vômitos;
- hematomas;
- nódulos no abdômen, pescoço ou outras regiões;
- dores nos ossos;
- palidez;
- inchaços;
- febre;
- alterações na visão;
- mudanças na pupila do olho.
Vale ressaltar que é essencial manter as consultas regulares com o médico pediatra, mesmo quando não existem sintomas. Caso o especialista note algo diferente, por menor que seja o sinal, ele irá encaminhar o paciente ao oncologista.
Os tipos mais comuns de câncer infantil
As crianças e adolescentes costumam ser mais afetados por alguns tipos de câncer. Veja a seguir quais são eles e como prejudicam a saúde.
Leucemia
A leucemia afeta a medula óssea, onde as células do sangue são produzidas. Nesta doença, são os glóbulos brancos os acometidos, que atuam na defesa do organismo. Com isso, o paciente apresenta infecções frequentes, anemia e hemorragias.
Linfomas
Os linfomas atingem o sistema linfático, que é o conjunto de vasos e gânglios que recolhem os líquidos extravasados das artérias e veias durante a circulação sanguínea. Também possui a função de ajudar o sistema imunológico na proteção do corpo.
Existem dois tipos de linfomas: o de Hodgkin, que prejudica as células chamadas de “linfócitos B”; e o não Hodgkin (o mais comum),que afeta ainda os linfócitos T e NK.
Leia mais: conheça as causas e tipos de linfoma
Retinoblastoma
É o câncer ocular mais comum entre as crianças, especialmente com menos de três anos. No entanto, ainda assim é raro, representando apenas cerca de 3% dos casos de câncer infantil, como indica a instituição A.C.Carmargo.
A doença afeta a retina e o sinal mais característico é o “olho de gato”, a formação de uma área branca na pupila, que se torna bastante visível em fotos com flash. Além disso, também surgem problemas na movimentação do olho.
Neuroblastoma e o câncer infantil
Outro tipo de neoplasia na infância é o neuroblastoma, que costuma se desenvolver até os cinco anos. As células malignas se situam nas glândulas adrenais, que ficam acima dos rins.
O paciente com neuroblastoma apresenta perda de peso, diarreia, nódulos no abdômen, pálpebras caídas, olhos saltados, fraqueza nas pernas, tosse, dificuldade para respirar e outros sintomas específicos.
Sarcoma de Ewing
O sarcoma de Ewing é um câncer ósseo, atingindo a pelve, tórax, fêmur e úmero. Ele é mais comum nos meninos adolescentes e gera dor no local do tumor, assim como a presença de nódulo e maior risco para fraturas.
Tumor de Wilms
Na lista de tipos de câncer infantil, há ainda o tumor de Wilms, a neoplasia nos rins que surge, geralmente, entre dois e cinco anos. Os sinais de alerta envolvem sangue na urina, febre, pressão alta, prisão de ventre, dores de estômago e dificuldade para respirar.
Os tratamentos para o câncer infantil
Uma das boas notícias sobre o câncer infantil é que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas, podendo superar 80%. Por as células ainda serem imaturas, elas tendem a reagir bem aos tratamentos.
As terapias utilizadas podem ser diversas, conforme o tipo de neoplasia. Por exemplo: cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea. Obviamente, os medicamentos e doses são adequados ao organismo infantil.
Apoio psicológico
O tratamento oncológico vai além das terapias que visam destruir as células cancerígenas. Os cuidados com a saúde mental são essenciais para o bem-estar do paciente e isso não é diferente entre as crianças e adolescentes.
Com o apoio de psicólogos e psiquiatras, os pequenos entendem melhor a situação que vivenciam e podem lidar com maior resiliência. O mesmo é válido para os pais e cuidadores que, com a ajuda psicológica, recebem força para enfrentar o desafio com serenidade.
Entenda mais sobre o câncer infantil
Esperamos que este material tenha ajudado a compreender o câncer infantil, os motivos do surgimento e como tratá-lo. Na Vence Onco de Itajaí, temos o compromisso de promover informações de qualidade, inclusive em nossas redes sociais. Então, venha nos seguir no Instagram e no Facebook para aprender mais sobre a medicina oncológica.