Em várias listas sobre como cuidar bem da saúde ou até mesmo evitar tumores malignos está a dica de controlar o consumo de bebidas alcoólicas. Isso tem motivo, pois álcool e câncer estão relacionados.
O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre como as bebidas com teor alcoólico estão relacionadas às maiores chances de desenvolver câncer de boca, esôfago, faringe, laringe, estômago, fígado, intestino e mama. Quanto mais a pessoa bebe, maior é o risco.
Porém, mesmo que você consuma uma pequena quantidade, é bom repensar esse hábito e passar a restringir ainda mais a ingestão. Quer entender todos os detalhes? Então, continue lendo este material que preparamos.
O que acontece com o corpo para justificar a relação entre álcool e câncer?
De acordo com o Ministério da Saúde, as moléculas de álcool danificam o DNA das nossas células e, consequentemente, os genes. Dessa forma, permite que substâncias carcinogênicas entrem nas estruturas e iniciem a replicação anormal, o que dá início aos tumores.
O Instituto Oncoguia também divulgou o mesmo alerta e explicou que o acetaldeído, uma molécula gerada pela quebra do álcool, por si só já possui aspectos carcinogênicos. Além disso, as bebidas prejudicam a absorção de nutrientes pelo corpo, piorando a saúde.
Não se pode esquecer ainda que há o perigo de alterar a produção de hormônios e aumentar o risco de alguns tumores hormônio dependentes, aqueles que são afetados pela produção hormonal. Um exemplo é o câncer de mama, que entre os fatores de risco está a exposição prolongada ao estrogênio.
O fígado
Quando falamos em álcool e câncer, precisamos nos lembrar do fígado. Afinal, esse é o órgão que mais metaboliza, ou seja, quebra as partículas de álcool e recebe a toxicidade da substância. Assim, pode ocorrer a formação de cicatrizes e nódulos que interferem na função hepática, como a cirrose.
Essa enfermidade grave representa uma das possíveis causas do câncer de fígado, uma neoplasia que gera cerca de 10,7 mil novos casos por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Existe uma quantidade segura para o consumo de álcool?
Você já deve ter visto notícias sobre como o consumo de vinho contribui com a saúde cardiovascular e outros aspectos do organismo. Porém, recentes descobertas científicas contradizem isso.
Um estudo publicado na revista The Lancet apontou que qualquer possível benefício das bebidas alcoólicas não é suficiente para eliminar os riscos, como a relação entre álcool e câncer. Os cientistas também alertaram que não é possível determinar uma proteção oferecida unicamente pelos drinks contra a mortalidade por doenças cardíacas.
Além disso, existem outras formas comprovadas que são benéficas à saúde, sem “efeitos colaterais” ruins, como a prática de exercícios físicos e a manutenção de uma boa alimentação.
Outros danos do álcool no organismo
O aumento do risco de desenvolver tumores malignos já é um grande “sinal vermelho”. No entanto, os malefícios do álcool vão além disso e causam prejuízos em outras condições de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),o consumo de bebidas alcoólicas está associado a mais de 200 tipos de doenças e acidentes. Podemos listar:
- danos ao fígado, como a já mencionada cirrose;
- inflamações no aparelho digestivo;
- pancreatite: inflamação no pâncreas que também é um dos fatores de risco do câncer na glândula;
- deterioração dos nervos;
- problemas cognitivos;
- hipertensão;
- colesterol alto;
- anemia;
- osteoporose;
- enfraquecimento do sistema imunológico;
- acidentes de trânsito.
Depois de conhecer tantos malefícios, você quer encontrar uma forma de diminuir ou parar completamente o consumo de bebidas alcoólicas? Veja as dicas que iremos listar a seguir.
Álcool e câncer: orientações de como parar de beber
A primeira recomendação para você que quer parar de beber é pensar no que gera o seu consumo. Reflita se o hábito está relacionado a algum sentimento ou situação social. A partir disso, tente as seguintes estratégias:
- caso exista relação com a sua saúde mental, procure ajuda de um profissional da área, como psicólogo ou psiquiatra;
- marque encontros com os amigos que não envolvam o consumo de álcool, como atividades ao ar livre e cinema;
- diminua a ingestão aos poucos e intercale as bebidas com outras não alcoólicas;
- em momentos sociais em que os drinks estão presentes, prefira as versões sem álcool;
- não compre mais bebidas para ter em casa;
- mantenha bons hábitos, como dormir bem, praticar exercícios e ter uma alimentação saudável, o que irá contribuir para reduzir a ansiedade.
Por fim, saiba que você pode buscar apoio em uma equipe multidisciplinar e evitar que a relação álcool e câncer esteja presente na sua vida. Esperamos que tenha gostado do material!
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