Câncer do colo do útero: do diagnóstico ao tratamento

Câncer do colo do útero: do diagnóstico ao tratamento

câncer do colo de útero é o tema central da campanha Março Lilás, que visa trazer mais conscientização para todas as mulheres sobre essa doença, sua prevenção e seu diagnóstico.

Essa neoplasia é, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA),o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, sem contar o câncer de pele não melanoma. Além disso, ele é a quarta causa de morte das mulheres por câncer no nosso país.

Ainda segundo o INCA, há mais de 16 mil novos casos e mais de 6 mil óbitos anualmente, o que reforça a importância de falarmos sobre o câncer de útero e apoiar o seu combate.

Para isso, criamos esse artigo. Nele, você saberá tudo sobre o câncer de colo de útero e poderá auxiliar na conscientização dessa doença. Continue lendo e confira.

O que é câncer do colo de útero e quais são suas causas?

câncer do colo de útero, também chamado de câncer do útero ou câncer cervical, é caracterizado pelo desenvolvimento de um ou mais tumores na parte inferior do útero.

De acordo com o INCA, essa neoplasia está diretamente relacionada com a infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano, o famoso HPV. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, cerca de 70% dos cânceres e lesões pré-cancerosas nessa região são causados por dois tipos de HPV, o 16 e o 18.

O que é HPV?

O HPV é um vírus que causa uma infecção genital e é transmitido sexualmente. Na maioria dos casos, ele não causa o câncer do colo do útero, mas, em algumas pessoas, pode promover mudanças celulares que evoluem para tumores.

A transmissão desse vírus ocorre pelo contato com uma mucosa ou com a pele de quem está infectado, ou seja, inclui contato:

  • oral-genital;
  • genital-genital;
  • manual-genital.

Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário haver penetração vaginal ou anal para ocorrer o contágio.

Quais são os sintomas do câncer do colo do útero?

câncer do útero tende a se desenvolver lentamente e, na maioria das vezes, não há nenhum sintoma nas fases iniciais. Já nos casos mais avançados, podem surgir:

  • sangramentos vaginais que vão e voltam;
  • sangramentos após a relação sexual;
  • mudança na secreção vaginal;
  • dor abdominal e
  • alterações nos hábitos urinários ou intestinais.

Ao notar esses sintomas, agende uma consulta com um ginecologista de forma urgente, com a avaliação médica inicial será possível identificar a necessidade de consultar o especialista em oncologia. Quanto mais avançado  estiver o caso, menores são as chances de cura.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer do colo do útero pode ser feito a partir de um exame ou de uma combinação deles:

  • exame pélvico: exame da área por meio da avaliação com espéculo e toque vaginal;
  • histórico clínica: avaliação do risco hereditário a essa doença;
  • Papanicolau: exame que deve ser realizado anualmente como forma de prevenção, ele permite a identificação de tumores no colo do útero;
  • colposcopia: procedimento que permite a visualização da vagina e do colo do útero para identificar lesões pré-malignas ou tumores, e
  • biópsia: caso seja identificada alguma anomalia, deve-se fazer a retirada de uma pequena amostra do tecido para realizar biópsia e identificar se as células são malignas.

Tratamento para o câncer de colo de útero

O tratamento para o câncer de útero depende diretamente do seu estágio de evolução, do tamanho e da localização do tumor, assim como de fatores pessoais, como a idade da paciente e o seu desejo de ter filhos ou não.

Entre as opções disponíveis, há a cirurgia para retirada do tumor, a quimioterapia e a radioterapia. Em muitos casos, utiliza-se uma combinação dos métodos citados. Pode-se fazer a retirada dos tumores cirurgicamente e eliminar o resto de células cancerígenas com radioterapia, por exemplo.

Somente um oncologista poderá definir o tratamento ideal para cada paciente, considerando todos os fatores levantados acima.

A prevenção é o melhor caminho!

Como o câncer de colo do útero pode ser uma consequência da infecção por HPV, é importante que todos se unam para prevenir essa doença. Desde 2015, o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de forma totalmente gratuita.

Dessa forma, é possível evitar futuras infecções e, consequentemente, o câncer de útero. Vacine seus filhos, converse com seus amigos e parentes para fazer o mesmo e incentive a prevenção.

Além da vacinação, também é essencial que toda a mulher sexualmente ativa realize anualmente o Papanicolau para identificar de forma precoce lesões pré-malignas ou tumores.

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