Os tumores cancerígenos podem ter diversas características e são nomeados de acordo com elas. Um exemplo é o adenocarcinoma, que tem origem nas células glandulares epiteliais, aquelas que produzem secreção.
Porém, não estamos falando de um câncer que afeta somente um órgão. Ele pode surgir em diversas partes do corpo, como mamas, próstata, intestino, estômago, colo do útero, pâncreas e pulmões.
Assim, os sintomas e formas de diagnóstico, prognóstico e tratamentos podem variar. Vamos entender mais sobre isso? Continue lendo e confira a explicação que preparamos.
Classificação tumores das glândulas epiteliais
Para iniciar, saiba que, mesmo podendo atingir vários órgãos, o adenocarcinoma costuma ser classificado de acordo com seu estágio de evolução. São eles:
- in situ: é a primeira fase, quando o câncer está restrito no tecido em que se originou;
- invasivo: as estruturas doentes chegam a camadas mais profundas dos órgãos afetados e isso aumenta as chances de metástase;
- bem diferenciado: as células ainda se assemelham ao tecido original do órgão. Por isso, indica um crescimento mais lento;
- pouco diferenciado: nesse caso, as células já possuem características bastante diferentes e, assim, há maior agressividade;
- moderadamente diferenciado: como o próprio nome sugere, trata-se do estágio intermediário.
A partir da biópsia e do exame imunohistoquímico, é possível conhecer as particularidades do tumor. Com essas informações, o médico oncologista consegue definir os tratamentos mais adequados.
Quais os órgãos afetados?
Como mencionamos, são vários os tecidos do corpo que podem ser acometidos pelas células malignas. Vamos entender mais sobre eles e os principais sintomas associados.
Câncer de mama
Entre os tumores da mama, que representam mais de 73 mil novos diagnósticos anuais, está o adenocarcinoma, que se inicia no ducto mamário ou nas glândulas produtoras de leite.
Nos estágios iniciais, nem sempre existem sintomas. Portanto, é essencial realizar exames de rastreio, como a mamografia, para identificar a doença o quanto antes. Já quando os sinais de alerta aparecem, eles costumam ser:
- saída de secreção do mamilo;
- presença de nódulos (inclusive nas axilas);
- inversão do mamilo;
- pele avermelhada nos seios e com aspecto de casca de laranja, além de feridas;
- dores e inchaços.
Adenocarcinoma na próstata
A próstata também pode sofrer com o surgimento do adenocarcinoma, com a possibilidade dos tumores serem mais agressivos ou brandos. Assim, como no câncer de mama, os sintomas não estão presentes nas fases iniciais. Com o avançar da doença, o paciente pode perceber:
- dificuldade para urinar;
- jato de urina mais fraco;
- vontade frequente de urinar;
- dores ósseas.
Os exames preventivos também são essenciais. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) orienta que os homens os realizem a partir dos 50 anos ou mais cedo, quando há histórico de câncer de próstata na família.
Câncer de intestino
O câncer de intestino (ou cólon) é o terceiro mais comum entre os brasileiros, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A condição, neste órgão, pode surgir como um pólipo benigno e, com o decorrer do tempo, se tornar maligno.
Felizmente, temos a colonoscopia como aliada. Esse exame consegue identificar lesões já cancerígenas ou retirar pólipos que podem se tornar câncer. O procedimento é recomendado a partir dos 45 anos.
Entre os sintomas da doença, estão os seguintes incômodos:
- dores abdominais;
- fezes muito finas;
- alteração no hábito intestinal (prisão de ventre ou diarreia);
- sangue nas fezes;
- perda de peso sem motivo.
Adenocarcinoma gástrico
O adenocarcinoma representa cerca de 95% dos casos de câncer de estômago, como alerta o Inca. Precisamos ter atenção, portanto, aos seguintes sinais:
- náuseas e vômitos (com ou sem sangue);
- falta de apetite;
- sensação de “estufamento”, mesmo após uma refeição leve;
- anemia;
- perda de peso;
- dores abdominais;
- sangue nas fezes.
O processo de diagnóstico costuma ser iniciado por endoscopia e, em seguida, com exames de imagem. Caso tenha se identificado com os sintomas, procure o oncologista o quanto antes.
Câncer do colo do útero
Apesar de não ser o tipo de tumor mais comum que afeta o colo do útero, o adenocarcinoma é agressivo nesta região do corpo. Então, nada melhor do que manter os exames preventivos em dia, como o Papanicolau, para identificar qualquer lesão suspeita.
Vale ressaltar que os sinais de alerta são:
- sangramentos vaginais fora do período da menstruação;
- dores abdominais;
- mudanças no funcionamento do intestino;
- alterações na secreção vaginal.
Tumores no pâncreas
Ao contrário do colo do útero, no pâncreas, a maior parte dos tumores (90%) é adenocarcinoma. Os sintomas podem ser confundidos com outras condições de saúde. Por isso, não ignore nenhum incômodo, como:
- náuseas e vômitos;
- urina escura e fezes claras;
- dores abdominais;
- perda de apetite;
- coceiras na pele;
- emagrecimento.
Adenocarcinoma nos pulmões
Nos pulmões, o adenocarcinoma surge nas células que produzem muco, especialmente nas regiões mais externas desses órgãos. No entanto, não se engane: essa doença também afeta pessoas que nunca fumaram.
Os incômodos mais comuns que afetam os pacientes são:
- tosse persistente (com ou sem sangue);
- dor torácica;
- perda de peso;
- cansaço.
Quais os tratamentos do adenocarcinoma?
As formas de tratar a condição irão variar de acordo com a parte do corpo afetada. Em alguns casos, pode ser possível realizar cirurgias para a retirada do tumor. Além disso, os oncologistas ainda possuem as alternativas de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia-alvo e hormonioterapia, por exemplo.
Cada paciente terá uma indicação específica. O importante é conversar bastante com a equipe de saúde para traçar as estratégias de combate às células doentes. O time de especialistas da Vence Onco de Itajaí está à disposição para auxiliar no seu tratamento.
Você também pode conhecer mais sobre as diversas condutas da oncologia nas publicações em nossas redes sociais. Venha nos seguir no Instagram e Facebook para ficar por dentro de tudo.