Cerca de 70% da população mundial não sabe o que são linfomas, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Porém, esses tipos de câncer estão associados a mais de 15 mil novos diagnósticos por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Estamos falando de formas comuns de neoplasias do sistema linfático e, quando identificadas cedo, têm altas chances de tratamento eficaz e controle.
Por isso, é importante aprender sobre linfomas, suas diferenciações, sintomas e cuidados. Continue lendo este material para conferir essas e outras informações.
O que são linfomas?
O linfoma é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do sistema linfático, uma parte fundamental do sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra infecções e doenças. Ele se origina nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco que circula pelo sangue e pelos vasos linfáticos, atuando na defesa do organismo.
Quando essas células sofrem mutações, começam a crescer de forma desordenada, formando tumores em gânglios linfáticos (popularmente chamados de “ínguas”) ou em outros órgãos do corpo.
Os dois principais tipos de linfoma
Existem mais de 60 subtipos de linfoma, mas eles são classificados em duas grandes categorias. São elas:
Linfoma de Hodgkin
É um tipo de linfoma menos frequente, caracterizado pela presença de células anormais chamadas de células de Reed-Sternberg. Geralmente, o linfoma de Hodgkin tem boa resposta ao tratamento quando diagnosticado precocemente, com altas taxas de cura.
Linfoma não Hodgkin
Engloba todos os demais tipos de linfoma, sendo mais comum que o anterior. A neoplasia pode ter um crescimento lento (chamado de “indolente”) ou rápido (agressivo). O comportamento e a resposta ao tratamento dependem do subtipo específico.
O que são linfomas e seus sintomas?
Além de saber o que são linfomas, é essencial conhecer os sintomas. Os sinais podem ser confundidos com viroses comuns do dia a dia. Por isso, fique atento aos seguintes incômodos quando eles se tornam frequentes:
- aumento dos gânglios linfáticos (ínguas),geralmente indolor, em regiões como pescoço, axilas ou virilha;
- febre persistente, sem causa aparente;
- suor noturno excessivo, mesmo em dias frios;
- perda de peso não intencional;
- fadiga constante e fraqueza;
- coceira pelo corpo, sem lesões aparentes;
- tosse, falta de ar ou dor no peito, quando há comprometimento de estruturas próximas aos pulmões.
Quando esses sintomas persistem por mais de duas semanas, é importante buscar avaliação médica. Quanto antes o linfoma for identificado, maiores são as chances de tratamento bem-sucedido.
Quais são os grupos de risco para os linfomas?
Qualquer pessoa pode desenvolver um linfoma, mas alguns fatores podem aumentar o risco. Por exemplo, pacientes com sistema imunológico enfraquecido, como por doenças autoimunes, HIV ou uso prolongado de medicamentos imunossupressores.
Histórico familiar dessa neoplasia ou de outras doenças hematológicas também influencia, assim como infecções crônicas causadas por vírus ou bactérias específicos, como o Epstein-Barr.
Vale ressaltar que estar nesses grupos não significa que a pessoa terá linfoma, apenas que o cuidado preventivo e os exames de rotina tornam-se ainda mais importantes.
A importância do diagnóstico precoce
Saber as etapas do diagnóstico precoce é tão importante quanto conhecer o que são linfomas. Os exames que identificam a doença envolvem desde testes físicos (para analisar o aumento dos linfonodos),análises sanguíneas e biópsias do linfonodo (a fim de verificar a presença de células cancerígenas).
Já os exames de imagem, como tomografia e PET Scan, são usados para avaliar a extensão da doença, ou seja, a presença de metástases.
Os tratamentos para os linfomas
Os tratamentos dos linfomas dependem do tipo, do estágio da doença e das condições gerais de saúde do paciente. Entre as terapias mais utilizadas estão a quimioterapia e a radioterapia, com o uso de medicamentos e radiação para destruir células cancerígenas.
Enquanto isso, a imunoterapia e a terapia-alvo estimulam o sistema imunológico a combater o câncer ou atacam diretamente células com alterações genéticas.
Por fim, também há a possibilidade de transplante de medula óssea, que é indicado em casos específicos, principalmente quando a doença é resistente a outros tratamentos.
Com o avanço da medicina oncológica, muitos pacientes conseguem atingir a remissão completa da doença, levando uma vida saudável após o tratamento.
O que são linfomas e é possível preveni-los?
Para além de saber o que são linfomas, é preciso entender que, infelizmente, não há uma forma específica de preveni-los. O melhor é manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, exercícios físicos, não fumar e tratar infecções com o acompanhamento médico adequado.
Também não se esqueça de procurar ajuda caso perceba qualquer um dos sintomas que listamos anteriormente. Eles podem estar associados a questões mais simples, mas é importante obter um diagnóstico preciso.
Informação é segurança: aprenda o que são linfomas
Na Vence Onco, acreditamos que informação é parte essencial da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer. Portanto, nos empenhamos em explicar o que são linfomas para nossos pacientes e público.
Então, caso tenha restado alguma dúvida ou você faça parte do grupo de risco dessa neoplasia, não adie sua consulta. Detectar cedo salva vidas e aumenta muito as chances de sucesso no tratamento.
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